Com o envolvente toque de bola de volta na semifinal contra a Alemanha, a Espanha acabou chegando à vitória em uma jogada pouco comum: a bola aérea. Depois de passar todo o jogo pressionando quase dentro da área do rival, a equipe de Vicente Del Bosque construiu o histórico triunfo por 1 a 0 com uma cabeçada potente de Carles Puyol, que apenas confirmou o grande domínio na partida realizada em Durban.
Com o resultado, a Espanha garantiu a vaga na final da Copa do Mundo e vai disputar o título com a Holanda, no domingo, em Johanesburgo, no Estádio Soccer City. No primeiro Mundial no continente africano, a certeza é de que haverá um campeão inédito, o oitavo da história da competição.
No duelo que poderia servir como revanche da final da Euro 2008 para os alemães, foram os espanhóis que acabaram repetindo a história, com uma partida novamente impecável sobretudo no meio-campo. Sem contar com Thomas Müller, a Alemanha perdeu muito de sua força ofensiva, e o ataque mais eficiente da competição até então, com 13 gols, acabou não funcionando.
Para a Alemanha, que disputava sua 11ª semifinal, o filme de 2006 se repete: depois de grande campanha nas fases anteriores, com goleadas sobre Inglaterra e Argentina, a tricampeã parou na semi e agora vai tentar igualar a campanha de quatro anos atrás no duelo com o Uruguai, no sábado.
Vitória indiscutível da Espanha, com o seu futebol rápido, brilhante e eficaz. Porém, gostaria de perguntar ao Sr. Joachim Low e aos seus jogadores o que aconteceu neste jogo. Onde esteve a espectacular Alemanha que deu show ante a Inglaterra e a Argentina? Pareciam que estavam num jogo da fase de grupos onde o empate serviria para seguir em frente. Enfim... Quero destacar, a grande partida que Iniesta e Xavi fizeram, os dois melhores jogadores em campo. NOTASALEMANHA
Manuel Neuer: 5 - Fez partida normal, e ainda apareceu bem num chute de Pedro. Não pode ser culpado pela derrota. Philipp Lahm: 5 - Não conseguiu se impor com seus avanços. Poderia ter aparecido mais. Arne Friedrich: 5,5 - Atuou muito bem, com desarmes sempre precisos. Só poderia ter aparecido melhor no lance do gol. Per Mertesacker: 5,5 - Foi um belo parceiro para Friedrich. Também manteve um alto nível na zaga alemã. Jérôme Boateng: 4,5 - Foi ligeiramente inseguro. Deixou espaços que Sergio Ramos aproveitava pela direita. Marcell Jansen: 5,5 - Melhorou a situação da marcação pela esquerda, com discrição. Sami Khedira: 5 - Médio. Não conseguiu ajudar tanto a armação, nem fez desarmes exatos, duas coisas que havia conseguido contra a Argentina. Mario Gomez: Sem nota - Com poucos minutos em campo, não melhorou muito a situação do ataque. Bastian Schweinsteiger: 4,5 - Atuação decepcionante, para um dos melhores da Copa. Não conseguiu ser o armador cerebral que vinha sendo, pois ficou sobrecarregado. Piotr Trochowski: 4,5 - Não conseguiu substituir Thomas Müller à altura. Toni Kroos: 5,5 - Movimentou um pouco mais o meio-campo, e quase conseguiu um gol. Mesut Özil: 4,5 - Pouco apareceu em campo. Sua atuação opaca foi uma das causas do isolamento do ataque. Lukas Podolski: 5,5 - Fez o que podia no ataque, voltando para buscar a bola e se movendo mais. Miroslav Klose: 5 - Atuação discreta. Sem receber tantas bolas para finalização, raramente conseguiu aparecer.
ESPANHA
Iker Casillas: 5,5 - Sempre que a Espanha precisou dele, como no chute de Toni Kroos, apareceu bem. Seguro em campo. Sergio Ramos: 5 - Foi constante opção de ataque. Mas não conseguiu ser tão decisivo. Gerard Piqué: 5 - Discreto, fez seu papel. Cometeu alguns erros, mas nada que não tenha conseguido corrigir sozinho. Carles Puyol: 5,5 - Não vinha tendo tanto trabalho. Mas tinha a dedicação de sempre. E foi ela que lhe rendeu a subida ao ataque e o gol decisivo. Joan Capdevila: 5,5 - Sua subida também foi bastante utilizada, mas com a diferença de que tentou mais cruzamentos. Sergio Busquets: 5 - Talvez, o mais discreto espanhol no jogo. Preferiu apenas se concentrar na marcação. E o fez bem. Xabi Alonso: 5,5 - Não só ajudava na marcação, mas subia ao ataque. E seus chutes de fora da área sempre foram um trunfo espanhol. Carlos Marchena: Sem nota - Pisou em campo, e o jogo acabou em segundos. Mal tocou na bola. Andrés Iniesta: 6,5 - Sua ascensão na Copa tem sido constante. Já é o centro do meio-campo, cuidando de boa parte da armação das jogadas, com rapidez e inteligência. Xavi Hernández: 6,5 - Teve bastante rapidez na criação. Um dos melhores jogadores espanhóis em campo. Justifica sua titularidade. Pedro Rodríguez: 6 - Fez bem seu papel na maior parte do jogo, ao dar maior mobilidade ao time. Mas desperdiçou grande chance, no fim do jogo. David Silva: Sem nota - Não teve tempo para conseguir protagonizar boas jogadas no ataque. David Villa: 5,5 - Não foi tão decisivo quanto nas partidas anteriores, mas merece atenção permanente, já que sempre pode definir. Fernando Torres: 5 - Foi utilizado algumas vezes, e quase conseguiu um gol.
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