quarta-feira, 7 de julho de 2010

Espanha vence Alemanha e chega a final histórica

Carles Puyol of Spain (C) celebrates with teammates after scoring  the opening goal during the 2010 FIFA World Cup South Africa Semi Final  match between Germany and Spain

Com o envolvente toque de bola de volta na semifinal contra a Alemanha, a Espanha acabou chegando à vitória em uma jogada pouco comum: a bola aérea. Depois de passar todo o jogo pressionando quase dentro da área do rival, a equipe de Vicente Del Bosque construiu o histórico triunfo por 1 a 0 com uma cabeçada potente de Carles Puyol, que apenas confirmou o grande domínio na partida realizada em Durban.

Com o resultado, a Espanha garantiu a vaga na final da Copa do Mundo e vai disputar o título com a Holanda, no domingo, em Johanesburgo, no Estádio Soccer City. No primeiro Mundial no continente africano, a certeza é de que haverá um campeão inédito, o oitavo da história da competição.

No duelo que poderia servir como revanche da final da Euro 2008 para os alemães, foram os espanhóis que acabaram repetindo a história, com uma partida novamente impecável sobretudo no meio-campo. Sem contar com Thomas Müller, a Alemanha perdeu muito de sua força ofensiva, e o ataque mais eficiente da competição até então, com 13 gols, acabou não funcionando.

Para a Alemanha, que disputava sua 11ª semifinal, o filme de 2006 se repete: depois de grande campanha nas fases anteriores, com goleadas sobre Inglaterra e Argentina, a tricampeã parou na semi e agora vai tentar igualar a campanha de quatro anos atrás no duelo com o Uruguai, no sábado.

Vitória indiscutível da Espanha, com o seu futebol rápido, brilhante e eficaz. Porém, gostaria de perguntar ao Sr. Joachim Low e aos seus jogadores o que aconteceu neste jogo. Onde esteve a espectacular Alemanha que deu show ante a Inglaterra e a Argentina? Pareciam que estavam num jogo da fase de grupos onde o empate serviria para seguir em frente. Enfim... Quero destacar, a grande partida que Iniesta e Xavi fizeram, os dois melhores jogadores em campo. NOTAS

ALEMANHA

Manuel Neuer: 5 - Fez partida normal, e ainda apareceu bem num chute de Pedro. Não pode ser culpado pela derrota. Philipp Lahm: 5 - Não conseguiu se impor com seus avanços. Poderia ter aparecido mais. Arne Friedrich: 5,5 - Atuou muito bem, com desarmes sempre precisos. Só poderia ter aparecido melhor no lance do gol. Per Mertesacker: 5,5 - Foi um belo parceiro para Friedrich. Também manteve um alto nível na zaga alemã. Jérôme Boateng: 4,5 - Foi ligeiramente inseguro. Deixou espaços que Sergio Ramos aproveitava pela direita. Marcell Jansen: 5,5 - Melhorou a situação da marcação pela esquerda, com discrição. Sami Khedira: 5 - Médio. Não conseguiu ajudar tanto a armação, nem fez desarmes exatos, duas coisas que havia conseguido contra a Argentina. Mario Gomez: Sem nota - Com poucos minutos em campo, não melhorou muito a situação do ataque. Bastian Schweinsteiger: 4,5 - Atuação decepcionante, para um dos melhores da Copa. Não conseguiu ser o armador cerebral que vinha sendo, pois ficou sobrecarregado. Piotr Trochowski: 4,5 - Não conseguiu substituir Thomas Müller à altura. Toni Kroos: 5,5 - Movimentou um pouco mais o meio-campo, e quase conseguiu um gol. Mesut Özil: 4,5 - Pouco apareceu em campo. Sua atuação opaca foi uma das causas do isolamento do ataque. Lukas Podolski: 5,5 - Fez o que podia no ataque, voltando para buscar a bola e se movendo mais. Miroslav Klose: 5 - Atuação discreta. Sem receber tantas bolas para finalização, raramente conseguiu aparecer.

ESPANHA

Iker Casillas: 5,5 - Sempre que a Espanha precisou dele, como no chute de Toni Kroos, apareceu bem. Seguro em campo. Sergio Ramos: 5 - Foi constante opção de ataque. Mas não conseguiu ser tão decisivo. Gerard Piqué: 5 - Discreto, fez seu papel. Cometeu alguns erros, mas nada que não tenha conseguido corrigir sozinho. Carles Puyol: 5,5 - Não vinha tendo tanto trabalho. Mas tinha a dedicação de sempre. E foi ela que lhe rendeu a subida ao ataque e o gol decisivo. Joan Capdevila: 5,5 - Sua subida também foi bastante utilizada, mas com a diferença de que tentou mais cruzamentos. Sergio Busquets: 5 - Talvez, o mais discreto espanhol no jogo. Preferiu apenas se concentrar na marcação. E o fez bem. Xabi Alonso: 5,5 - Não só ajudava na marcação, mas subia ao ataque. E seus chutes de fora da área sempre foram um trunfo espanhol. Carlos Marchena: Sem nota - Pisou em campo, e o jogo acabou em segundos. Mal tocou na bola. Andrés Iniesta: 6,5 - Sua ascensão na Copa tem sido constante. Já é o centro do meio-campo, cuidando de boa parte da armação das jogadas, com rapidez e inteligência. Xavi Hernández: 6,5 - Teve bastante rapidez na criação. Um dos melhores jogadores espanhóis em campo. Justifica sua titularidade. Pedro Rodríguez: 6 - Fez bem seu papel na maior parte do jogo, ao dar maior mobilidade ao time. Mas desperdiçou grande chance, no fim do jogo. David Silva: Sem nota - Não teve tempo para conseguir protagonizar boas jogadas no ataque. David Villa: 5,5 - Não foi tão decisivo quanto nas partidas anteriores, mas merece atenção permanente, já que sempre pode definir. Fernando Torres: 5 - Foi utilizado algumas vezes, e quase conseguiu um gol.

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